Principais etapas de tratamento de água realizado nas ETAs

Conheça o processo de desinfecção da água desde a captação até o ponto de consumo.

No Brasil, 83,7% da população é atendida com abastecimento de água tratada. Para chegar até as torneiras das casas, a água percorre um longo caminho – e boa parte dele acontece dentro das Estações de Tratamento de Água (ETAs), onde ela passa por diversos processos para garantir a sua qualidade.

As etapas dentro das ETAs dependem da origem da captação da água, mas basicamente contemplam as fases abaixo, ao longo das quais a água é monitorada de forma contínua, por meio de análises químicas, físicas e microbiológica.

Captação

A água captada de reservatórios hídricos, entre eles rios, represas e mananciais, passa por um processo inicial de ‘limpeza’, para a subtração de objetos como pedaços de árvores, terra e areia – no caso desta última, a separação á feita por meio de um processo físico chamado sedimentação.

Coagulação

As impurezas presentes na água são geralmente pequenas e leves, por isso permanecem suspensas. Para torna-las mais pesadas, é necessário um coagulante químico: esse produto se junta às pequenas partículas, facilitando a sua remoção pela decantação.

Decantação

Nesta etapa, a água fica parada para que os elementos mais pesados desçam para o fundo do tanque, formando o lodo, que é separado da parte líquida.

Filtragem

Após a decantação, a água passa por filtros compostos por camadas de areia, cascalho e carvão, para assegurar que todas as impurezas sejam eliminadas.

Desinfecção

Livre de impurezas, a água receberá porções de cloro com o objetivo de eliminar bactérias e vírus. Nesta fase do processo, também é adicionado o flúor e é realizado o controle do pH.

Reservação

Após a desinfecção, a água fica guardada em reservatórios para assegurar o abastecimento da população.

Após passar por todas essas etapas, a água purificada é introduzida na infraestrutura de distribuição e transportada até o ponto de consumo. Nesse trajeto, sua potabilidade é garantida pela pressão do líquido nos canos e também pela presença do cloro. A Portaria da Consolidação nº 5/2017, do Ministério da Saúde, define um teor mínimo de 0,5 miligramas por litro (mg/L) e máximo de 2 mg/L de cloro residual livre para que a água seja considerada segura, apta ao consumo humano.